A fila

Composição: Nando Reis/Marcelo Frommer

Compramos presentes indo à feira
De chinelos mas muito bem vestidos
Atravessando a rua com cautela
E protegidos pela ciência

Amedrontados em fila na escola
Sem camisa
A brisa a chuva a ventania
O vento entra dentro pela frente
Vindo sem qualquer
Velocidade

A fila
a dúzia o maço um bocado
um pedaço e um buquê

O pátio empresta o colo para ela
E ele eles elas somos todos outros
E o pai leiteiro
Apaixonado
Vê no filho um bezerro
Enquanto encosta
O ombro as costas e as pernas
No conforto do sofá de couro
Sem braços

A fila
A dúzia o maço um bocado
Um pedaço e um buquê
Avisa
Que eu procuro o mais barato pra sobrar
O dinheiro que eu preciso pra comprar
Muitas flores pra você

Quem pensa com o coração

ela faz tudo de coração
um dia pode ser que me machuque
mais hoje só me faz bem
ela é do tipo que não dá pra resistir
se encantar por ela é tão simples
o mundo esta girando mais devagar
quando conversamos sou só eu
nada mais
todo o mal deixamos de lado
quando conversamos me sinto em paz
me sinto completo
quem pensa com o coração
é livre pra sonhar
quem pensa com o coração
não vê limites para amar
neste ponto somos iguais
e por isto sofremos tanto
por que este mundo já não é mais assim
não existem muitas pessoas assim
elas se tornaram frias de mais
logicas e racionais de mais
para falar das estrelas e sonhar com o amor.

25/01/2011 Júnior Benicio
(p/ minha amizade colorida)

Um pouco de rock n'roll

Ainda é tão simples
a música certa no lugar qualquer
ainda danço rock n'roll
o mesmo espirito
tudo de mim ou ao menos o que restou
materia prima do que ainda esta por vir
ainda meche comigo aquelas notas
aquele abrigo
esconderijo perfeito
meu mundo, meu canto
onde guardo o passado e desenho o futuro
onde aconteço
pego o baixo e do resto esqueço
no final de cada canção aplausos
tudo perfeito e imaginario
me completo dessa paz
que já não é segredo pra ninguém
meu refugio é a loucura
um pouco de atitude
e o coração cria asas
e voamos no meu quarto

23/01/2011
(pra mim mesmo)

a semente

Você já não me faz bem
Primeiro motivo pra te deixar ir
Eu já não te faço bem
Segundo motivo
Você já não me procura mais
Não se preocupa mais
Nem ao menos lembra que posso estar com saudade
E louco por um pouco da sua atenção
Você não tem culpa de nada
Certamente você encontrou em outro alguém
O que antes eu te dava
(diversão e algumas risadas)
Sou carta fora do baralho
Estou fora do jogo
Também não me culpo
Não fiz nada de errado
Só me apaixonei e me deixei levar
Te assustei é claro
É difícil acreditar no amor
Por ele ser um ser tão sublime
Tão mágico e que meche tanto com as pessoas
Entendo é difícil entender o amor
Mais acima de tudo
É preciso ao menos respeitá-lo
É como uma planta
Se você não quer que ela dê flores
Não plante, não regue, não cuide dela
Mais depois que você cuidou dessa planta
Com tanto carinho
É maldade abandonar ao acaso
A sua própria sorte
Ao que der e vier, ao esquecimento
Me sinto assim
Você colocou uma semente em meu peito
E achou que era tudo
Me machucou demais
E mesmo quando te pedi pra parar
Para que você não mais me procura-se
Você me procurou
Decidiu me machucar um pouco mais
Achou que não era suficiente
Ignorou tudo o que eu sempre fiz
E sempre seria capaz de fazer por te
Você plantou uma arvore no meu peito
Eu nem ao menos consegui colocar
Uma semente no seu
No meu peito existia amor por você
No seu peito existia piedade por mim.

05/01/2011
Júnior Benicio de Melo (Joice)

é apenas o fim

É cruel perverso
Devastador
Mais é só o fim
Não o fim do amor
Só o fim das chances
De ele vingar
É triste penoso
E ninguém queria
Mais é só o fim
Se é bom ou mal
Não faz diferença
É apenas o fim
O que encerra uma fase
E começa outra
O que fecha um ciclo
E inicia um novo
O fim é triste mais
Recomeçar é gostoso
Ter a chance de acertar
De corrigir antigos erros
Se não era pra ser
Deus sempre sabe o que faz
Ei de encontrar outra
Pra me completar
Me entender
E me amar.

05/01/2011
Júnior Benicio de Melo (Joice)