let's go

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domingo, 29 de abril de 2012

AMOR PUNK

aquele beijo na boca que você me deu semana passada tá doendo até hoje Nicolas Behr

terça-feira, 17 de abril de 2012

Oração dos encalhados

Pai nosso que estais no céu
Trazei aos tristes, a alegria
Aos doentes, a cura
Aos poetas palavras
Aos músicos notas
Aos ternos gravatas
Aos pés, botas

Trazei aos soldados, paz
Aos jardins, flores
Aos sem dinheiro, reais
Aos encalhados amores

Aos carentes, carinho
Aos pintores, cores
Aos sonhos, realidade
Aos encalhados amores

Aos mentirosos verdades
Aos campos, flores
Aos santos milagres
Aos encalhados amor.

2005 p/ Crislaine

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Metamorfose

Acabo de ler Rubem Alves em uma pequena crônica
Em que ele estava disperso por uma formiga
Me vejo na mesma cena
Só que ao invés da formiga
Vejo lagartas pretas e laranjas
Bonitas e dóceis
Já de barriga cheia
Procurando se acomodar da melhor forma
Para que assim que conseguirem a inercia total
Elas possam começar a incrível magica
Da metamorfose
A transformação do patinho feio
Para como disse O Teatro Mágico
“Flor que o vendo tirou pra dançar...”
Em outras palavras a borboleta.

Júnior B. Melo- 15/04/2012 (E o mundo ainda não acabou)

O quebra correntes

Desliguei-me da Tevê, e agora me sinto mais dono de minhas opiniões.

Júnior B. Melo- 15/04/2012 (E o mundo ainda não acabou)

Bicho-de-pé e educação sexual

O bicho-de-pé (Tunga pebetrans) merece sobreviver por suas múltiplas utilidades, entre elas, o seu uso didático, utilíssimo em aulas de educação sexual. A jovem, com medo da noite de núpcias, perguntou à sua mãe se doía muito. Ao que a mãe respondeu: “É feito bicho-de-pé. Dói um pouquinho, mas depois a gente não quer parar de esfregar...”.

Rubem Alves- Ostra Feliz Não Faz Pérola.

Coisas Simples

A poesia gosta mesmo é de coisas simples. Basta uma imagem banal. Uma vez escrevi um longo artigo sobre algo de que já me esqueci. Só me lembro que, em meio às muitas palavras, eu escrevi “o cheiro bom do capim gordura”. Pois me escreveram, lá do sul de Minas, pra falar não sobre o meu artigo, mas sobre o cheiro bom do capim gordura. A Adélia Prado é especialista em fazer poesias com insignificâncias. Quiabos, chifre de veado, ora-pro-nobis, tanajuras, galinhas, ovos, escamação de peixes, a mãe cantando enquanto cozinhava exatamente arroz, feijão roxinho e molho de batatinhas são todos entidades dos seus poemas. Por que é que os poetas são assim tão ligados às insignificâncias? Porque é com insignificâncias que a vida é feita. Pois eu escrevi sobre a insignificância de chupar laranjas... e aconteceu igual ao que aconteceu com o cheiro bom do capim gordura. O Zé, marido da Adélia, me mandou e-mail imediato – coisa raríssima! - lá de Divinópolis, juntando-se a minha conversa sobre os jeitos de chupar laranja. E ele me disse que por lá os pobres também chupavam de gomo. Só que enfiavam o gomo inteiro na boca, depois cuspiam os caroços e engoliam o bagaço. Isso, por causa da prisão de ventre. Se eu escrevi e o Zé me respondeu é porque a amizade se faz com insignificâncias. Em Minas Gerais até jeito de chupar laranja é poesia...

Rubem Alves- Ostra Feliz Não Faz Pérola.