let's go

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domingo, 29 de agosto de 2010

A poesia que escrevo

Eu escrevo uma poesia
Em verso livre
Sem rimas e sem limites
Com ela eu me deito
Com ela eu me acabo
À ela conto meus segredos
E com ela eu me escondo
Com ela eu me acho
Me perdo - o, me julgo
Me condeno, me culpo
Com ela eu nasço
A cada manhã
Eu morro a cada ponto final
Com ela eu me entorpeço
Eu me esqueço
Eu me teço
Eu me faço
Eu me divorcio
Eu me caso
Eu me denuncio
Estar envolvido em um laço
Eu me desafio
Eu me faço
Eu me invento
Eu me traço
Rabisco no tempo
Um pedaço
De um momento
Que foge ao espaço
Segue neutro meus passos
Segue vivo
O que eu faço
Pois nela
Eu me escondo
Pois nela eu me acho
Pois nela eu me monto
Pois nela eu me despedaço
Pois dela sinto medo
E com ela me encorajo
A ela eu escrevo
Sem saber que é
Exatamente ela
Quem me escreve
Sem saber que é
Exatamente ela
Quem me desenha
Quem me tece
Quem me faz
Quem me denuncia
Quem me envolve
Quem eu vejo
Quem eu escrevo
Quem eu tenho
Quem eu beijo

domingo, 22 de agosto de 2010

Antigo é o tempo que virá

Nada vai me impedir de seguir meu caminho
Nem mesmo a sua voz cheirando a perfume antigo
Nem mesmo a melancolia de mais um dia
Vivido após o dia que não foi composto
Este sou eu desfigurado por lembranças e pesadelos
Iludido, inocente ou errado
Este sou eu vivendo de meu atraso
Antigo é o tempo que vira
Amor é saudade que eu não terei
Vou em paz por que o meu caminho é longo e penoso
Só eu mesmo sei o quanto tudo isso é louco
E se é loucura estou enquadrado
Esta chuva é mais seca que as cores do inverno
E meu choro é mais meloso do que canções de ninar romances
Lagrimas ou cicatrizes descem do meu rosto
Sentimentos se misturam no poema doloso
Fogo e solidão atravessam o dia para contrariar a rotina
Amor, rancor e dor se desequilibram em minha vida
Sabor amargo de saber quem sou
Sol gelado nas esquinas do amor
Lar inabitável que jamais morei
Sem a ausência da dor
O dia a noite tudo se torna incolor
Trajando idéias que voam mais alto que a realidade
Não somos idéias apenas
Não somos pessoas pequenas
Somos carne somos poemas
Imagens e seus problemas
Mensagem serena
Tentando nos empurrar a paz da qual temos afinidade pequena
E por onde andara os passos deste poema
Ou as revelações desta noite
Atravessaram o mundo, a rua ou minha mente
Cantarei verdades nuas
Ou semearei sementes
Falarei das duas uma só tenho uma face
Só me vejo de um jeito no espelho
Complicada imagem que eu não sei amar direito
Delicada mensagem traduzida para o meu peito
E uma única imagem tua remove tantas lembranças
“sopraremos a poeira do passado assim como o passado também será soprado”
Para o vazio mais profundo de nossas mentes
E se ele tentar fugir trincaremos os dentes em sinal de poder
E do velho futuro será soprado apenas os sonhos que não pediram pra nascer
Antigo será só o que começa de hoje ou o que começou no começo do poema
Quando que com sinceridade falarei a todos de meus problemas
Ou irei eternamente canta- los em meus poemas
Que eu mesmo promovi ao honroso cargo de poema
Estas cartas que escrevo para mim mesmo

Assim tendo soprado os odores do passado
Sopre também este poema para lugar onde vida não exista
Pois este poema revelastes segredos meus
Que eu mesmo não sabia
Atravessando a noite distrai o poeta residente em mim
E que sem querer ele (poeta) revelou segredos meus
Que eu jamais imaginei conhecer
18/09/2003

Canção da chuva

Nuvens cobrem o céu da cidade
A chuva esta pra chegar
E todo este clima de ritual da tempestade
É tão emocionante
E desperta em mim um louco sentimento de saudade

O dia escurece o sol se desfaz
O clima é outro
A saudade é um gosto doce
Que me confunde as vezes
Gosto estranho de gostar de alguém
Este é o gosto das nuvens

A chuva esta pra chegar
Trovões anunciam a sua chegada triunfal
O sol se rende a imensidão
Da sua mais antiga rival
E enfim a água chega a terra

Adoro este som
É musica suave
É um canto de alguém
Que perdeu um grande amor
É um canto triste
Que me deixa feliz

Em dias raros como o de hoje
Por ser inverno e estar chovendo
Um dia belo
Perfeito para alguém que esta lendo ou escrevendo
Algum romance

Um livro é companheiro
E quando se une a chuva
Parece crescer
E emocionar ainda mais
Quem esta a ler o que ele tem nos dizer

Poderia dormir é gostoso também
Mais se durmo
Perco pra sempre este som este cheiro
Da chuva na terra no ouro
Essa canção elegante
Agora sem trovões sem estouros
Somente a água regando
Cada jovem semente
Neste solo encantado
Somente a emoção comovendo
Este poeta
Mais se durmo perco esta chuva
Que não sei quando volta
Se volta?
E se ela volta com uma revolta no país
E se ela não volta com essa paz
Que eu sempre quis
Não é chuva em Viena
E nem em Paris
É chuva mineira
Chuva que pena que tu sejas passageira
18/08/2003

Amor fraterno

Todas as mães do mundo
Muito antes de ser mãe já tem o seu lugar no céu
Pois o amor que uma mãe dedica a um filho
É o amor que a humanidade necessita
04/09/2003 ( A Dona Maria Aparecida)

Comparação

Eu não te amei por mera cordialidade
Eu te amei e busquei saber a verdade
Eu tentei buscar felicidade
Mais chorei ao cair na realidade
Eu sofri dores inimagináveis
Eu quis estar em quase todos os lugares
Eu vi quase todos os olhares
E nenhum meu bem
Igual ao teu
27/08/2003 (Poliana)

Comunicado

Minha querida Janice
Venho por meio deste
Comunicar-te
Que se algum dia de coragem eu dispor
Certamente você ficara ciente da imensidão
Do meu amor
10/08/2003 (Janice Cristina)

Poema do eterno amor

O que dizer a te que sabes de tudo
O que devo fazer aqui
Neste mundo inventado e insensato
Caminhar sem descanso
Ou descansar andando
Viver sem sentido
Ou dar sentido a vida
Planejar o futuro sonhando
Ou viver todas as partes do meu plano
Estudar cada teorema
Passo a passo
Resolver cada problema
Sem sair do compasso
Estudar escrever certo
Ou estudar ter o que escrever
Fazer promessas sem fé
Quanto que o necessário é apenas se ter fé
Compor grandes poemas retratando o poeta
Se nem mesmo o poeta que em mim reside
Sabe quem sou
Cuspir frases nuas ao vento
Ou despelas com o tempo
Preparar um coração para sofrer
Enquanto ainda existe amor
Ou simplesmente deixa - lo viver
O que dizer a te que sabes de tudo
Todas as regras todas as manhas do mundo
Conhece o nome de todas as cidades
Conheceu cada uma através da história
O que devo fazer?
Já não sei se estou perdido
Só por que não sei onde esta o caminho
Cansei de ser um ser sozinho
Esperando um futuro melhor
O futuro já passou
Só eu mesmo não percebi
Fiquei pensando em um amor
Que me fazia infeliz
Amor que gera dor
Não é bem um verdadeiro amor
O que devemos esquecer?
Nada me responde o outro ser
Se esquecer da dor
Jamais serei forte para suporta –la
Se te perder meu amor
Nada será mais triste
Nessa minha confusa caminha
Não sei a que horas do dia que a vontade
De chorar é mais forte que o medo de ser pego em um momento de fraqueza
Não sei com que palavras se escreve um bom poema
Só sei que sacio a minha vontade
Quando a caneta desenha o ponto final
Não tenho uma definição exata para saudade
Mais a sinto sempre que a tua imagem
Fica pela metade em algum ponto
Indefinido do universo
Olho pra parede e vejo um mega pôster do teu rosto
Deitado na rede
Vejo nuvens em formas sensuais do teu corpo
Já não sei se o amor que sinto por te
É mais forte que o próprio amor que sinto por mim
Já não posso mais me calar diante de te
Sei o quanto é penoso revelar isso a você
Mais o amor é maior
Que o medo de errar
A ânsia de um beijo
É mais forte
Ate mesmo que o desejo do próprio beijo
Mais o que devo dizer a te
Se sabes de tudo
Certamente sabe que eu te amo
Me ensine a ser como você
Me ensine a controlar o desejo de te querer
Me ensine a esquecer o passado
E esteje ao meu lado no futuro
Me diga a que horas do dia é mais seguro chorar
Pois sei também que você não tem um coração de pedra
E que por alguém algum dia suas lagrimas já foram expostas
Mais ninguém a viu sofrer
Ninguém duvidou quando você disse que era forte
Que homem algum merecera tuas lágrimas
Me desculpe meu bem
Mais o que você ainda não sabe
É que somos iguais
Perfeitamente iguais
Janice não duvide
Temos mais pontos em comum do que um simples passado
E me sinto bem melhor quando estou ao teu lado
E posso olhar os detalhes do teu ser
Olhar no teu olho
E algo de romântico poder dizer
- Eu te amo.
10/08/2003 (Janice Cristina)

O caminho do homem sobre a tristeza

Tardes geladas, corações ansiosos
Tardes marcadas, corações nervosos
Tarde triste, coração triste
Um filme é triste
O poeta não é triste
Mais esta triste
Tardes sem sol
Sem chuva sem vida e sem luz
Frio lençol
A tristeza nos conduz
Sob o sol
Cada um com a sua cruz
Levanta o homem com o corpo dolorido
Caminha o homem com o corpo todo ferido
Caminho sem destino ou breve chegada
Caminha e não desiste de chegar ao final
Dessa triste estrada
O homem caminha triste mais tem esperança
O homem acredita em Deus e num futuro feliz
Acredita e tem certeza de tudo o que ele sonha
Vai se realizar
E que depois de tanto pesar
Dias de paz e amor vão reinar
E atravessar a tarde triste
E atravessar seu próprio coração
Ainda triste
14/07/2003

Confidencias da fraqueza

Vou trabalhar mais na minha cabeça você esta
Quero me concentrar mais na minha memória você não me deixa
Vou estudar, mais o meu estudo é nas linhas do teu corpo
Quero como quero te esquecer, mais na minha cabeça você parece viver

Vou sair mais na noite você esta
Quero me desviar mais na minha direção você vem
Vou embora mais pra casa você me segue
Quero como quero resistir aos teus lábios

Vou te beijar mais me lembro do meu sofrer
Quero recuar mais você me puxa
Vou me entregar desculpa coração sei que não tem culpa
Não resisti, sou fraco, me entreguei e fui beijado.
03/07/2003 (Janice Cristina)

Declaração do amor maduro

As palavras que eu não encontrei ao tentar falar de te
A frase universal que eu tenho pra falar pra você
O poema que nunca foi escrito, espero eu escrever
O amor jamais vivido, ao teu lado quero viver
O passado esquecido com você relembrar
Estas palavras sem sentido
Que nada querem dizer a não ser
Que eu te amo
Como amo o ser que ama Deus
Que eu te amo
Como amo este novo rumo
Que o poema tomou
Eu te amo como ninguém nunca amou
Eu te amo como te amei na inocência
Eu te amo como amo o mar
E suas infinitas ondas
Eu te amo como amo a música
E suas infinitas notas
Eu te amo como você ama aquele que te ama
Além da Terra além do tempo
Toda semana sempre te vendo
A todo instante a qualquer momento
Este sentimento este amor maduro
Sentimento puro
No coração do poeta
E eu que nada juro
A não ser que eu te amo
Acima de tudo
22/06/2003 (Janice Cristina)

Tintas poéticas

Como posso eu o poeta
Desafinado na gramática
Iludido por uma bela e simpática
Mulher ou aprendiz de mulher
Falar pra ela as dádivas do meu amor
Como posso eu pintar um quadro sem cor
Ainda que todas as outras cores
resultaram sempre no mesmo sabor
O sabor das pétalas das flores
Que do nosso jardim de desejos sobrou
E pra sempre o beijo num quadro ficou
Retratado por um poeta que nunca pintou.
28/06/2003

Saudade

Eu tenho saudade
Quase sempre do passado saudade do futuro é verbo errado

Tenho saudade da alegria da Tereza
Tenho saudade da pureza da Débora
Tenho saudade da época que saudade eu não tinha

Saudade da sensualidade da Poliana
Saudade da simpática semana
Em que o tempo passou
Sem nos incomodar
Saudade da Janice
Saudade de estar no mesmo lugar
Onde jamais eu pisei
Saudade das palavras que eu nunca falei
Saudade da mulher que eu nunca beijei
Saudade eterna de tudo o que eu tanto amei
28/06/2003

Minh’alma

Minh’alma sobrevoa o capítulo do caos
E meu peito carrega o peso de todo o meu sofrer

Caminho por estradas que poucos ousaram passar
Mais não fui por coragem, fui mesmo sem saber

E o que eu encontrei num abismo eu deixei
Em meu peito cicatrizes que me fazem lembrar

Das mulheres ou atrizes que não souberam me amar
Minh’alma voa alto na reprise de um sonho

Sonho de viver o que pra mim foi um sonho
Sonho bom de estar sonhando com você
02/06/2003

simpático verbo amar

Acho que não é sensato desistir do amor
Mais se insisto e o meu insistir
Só aumenta a minha dor

Não devíamos estar tão distantes
Assim daremos vida a saudade
E lembraremos de cada instante

Quero te ao meu lado tanto quanto quero
A paz ou a felicidade
E eu estou sendo sincero ao dizer-te esta verdade

Preciso de você minha amada
Para respirar
Para ter com quem compartilhar
Esse simpático verbo amar
29/05/2003

Razão e tempo

Estive pensando e me dei a razão
Os poetas que amam e se dizem correspondidos
Não falam a verdade
Pelo que sei quem ama e é correspondido
Não tem tempo para falar ou escrever
Só a tempo para beijar as namoradas
25/05/2003

Resenha

Se existem as coisas para serem usadas
E as pessoas para serem amadas
Por que então
Amamos as coisas e usamos as pessoas

domingo, 15 de agosto de 2010

Ser forte

é tentar te esquecer, mesmo te amando. É ter que falar com você sem olhar nos seus olhos para não transparecer o meu amor. É vê-lo com outra(o) e ter que ficar calada(o), é não correr para seus braços e implorar para que fique comigo. É não deixar cair uma lágrima ao saber de notícias suas, e se alguém me perguntar "Você ainda gosta dele(a)?" Ser forte é responder que não sinto nada por você, mesmo que minha vontade seja gritar para o mundo que ainda te amo. Ser forte é chorar escondido e sorrir na sua frente, é sonhar com você e acordar descobrindo que tudo não passou de um sonho, é tentar tirar você da minha cabeça, sabendo que nunca tirarei você do meu coração.

sábado, 7 de agosto de 2010

Tententender

Tententender
Pouca Vogal
Composição: Duca Leindecker / Humberto Gessinger

Se eu disser que vi rastejar
A sombra do avião feito cobra no chão
Tententender minha alegria
A sombra mostrou o que a luz escondia

Se eu quiser ser mais direto
Vou me perder melhor deixar quieto
Tententender, tentenxergar
O meu olhar pela janela do avião

Que amor era esse
Que não saiu do chão?
Não saiu do lugar
Só fez rastejar o coração

Se eu disser que tive na mão
A bola do jogo, não acredite
Tententender minha ironia
Se eu disser que já sabia

O jogo acabou de repente
O céu desabou sobre a gente
Tententender, quero abrigo
E não consigo ser mais direto

Que amor era esse
Que não saiu do chão?
Não saiu do lugar
Só fez rastejar o coração

Inocente é o amor que não pede nada em troca

Meus olhos tão tristes revelam meu estado de espírito
E ninguém consegue ver e ninguém pode sentir
O desespero que me atropela toda vez que eu te vejo
Meus olhos distantes à observar o vento brincar com as folhas
Preso na culpa de ser apenas humano
Os mesmos erros em historias diferentes
O mesmo fim só muda o nome da rosa
E a esperança sempre viva sem sentido
Mesmo por que esperança não precisa ter sentido pra existir
Ela existe por ela mesma
Se alimenta de si mesmo
Na promessa de dias felizes
Inocente é o amor que não pede nada em troca
E eu estou apenas aprendendo
Mais eu não vou olhar pra trás
O passado é só ausência de tudo o que já foi
O futuro é só promessa de tudo o que esta por vir
E o poema é o presente
O único tempo que realmente importa
06/08/2010

Quantas vezes sera o nosso fim?

Que sentimento é esse
Que me pune, que me humilha
Que me desenha o que eu sempre fui
Um ser imperfeito
Que sentimento é esse
Que me faz de bobo
Se eu pudesse te ter nos meus braços agora
Se eu pudesse te dizer o quanto estou cansado
Por quantas vezes será o nosso fim
Já perdi a conta de quantas vezes eu já te disse adeus
Você só me disse um
Por quantas vezes eu vou pensar loucura
Eu só queria ser bom pra você
Te fazer sorrir, te fazer feliz
Mais eu não vou voltar atrás
Já não sei o que é maior
Se é o meu orgulho, se é o meu amor
Dividido entre o sofrer e o tentar
Eu não sei o que fazer
Desistir ou tentar?
06/08/2010

Aprimera palavra

A espera da primeira palavra
Aquela que quebre qualquer barreira
E derreta qualquer coração
Aquela simples que acalme os dias
Que faça o corpo parecer mais leve
E a vida valer a pena
Aquela que console a tempestade
Que junte qualquer parte
Com amor eu me criei
Fiz de mim o que sou
Parte inteira de um ser incompleto
05/08/2010

Carolina

Carolina
Carol
Caracol
Caso
Complicado
Casa
Casinha
Casarão
Coração
Canção
Canto
Encanto
Carolina
Carol
Cabeça
Coração